Pastor de Hermas:
Considerado uma Obra literária pertencendo ao II século d.C, entre os anos 142 á 155 d.C. no inicio da igreja foi considerado uma obra de grande autoridade, foi muito utilizado entre os séculos II d.C até o século IV d.C.
( https://pt.wikipedia.org/wiki/Pastor_de_Hermas )
( http://monergismo.com/wp-content/uploads/Pastor_de_Hermas.pdf )
Foi constatado 114 capítulos, disposto em 3 partes, 5 visões, 12 mandamentos e 10 parábolas.
Três antigas testemunhas afirmam que Hermas era irmão do Papa Pio I.
( http://monergismo.com/wp-content/uploads/Pastor_de_Hermas.pdf )
referencias ao Pastor de Hermas é feita por Irineu “Eusébio de Cesaréia afirma que Ireneu não só conhece o Pastor, mas que o tem como Escritura, apontando para Adversus haereses 4,20,2,”
“Clemente de Alexandria retoma e cita em Stromates 1,29; 2,10, a passagem da parábola 9,16,
estranha e um tanto enigmática:”
“Orígenes supera Clemente em apreço e estima pelo Pastor, cujas citações se multiplicam por várias
de suas obras. Merece atenção, dentre elas, seu comentário a Rm 16,14, onde Paulo”
( Patrística, volume 1, pg 77, editora Paulus )
acima estão algumas alusões a obra de Barnabé a qual ressaltam a importância desta.
Sobre o autor podemos desprender das fontes estas informações:
“pode-se compor a figura do autor. Hermas seria cristão, escravo de nascença, vendido em Roma a uma mulher chamada Rode. Libertado por ela, casou-se com uma mulher linguaruda. Comerciante pouco escrupuloso, enriqueceu-se. Mas não era feliz. Seus filhos, além de traidores, eram debochados e blasfemadores. Por castigo, Deus entregou a casa de Hermas à ruína.”
( Patrística, volume 1, pg 78, editora Paulus )
Doutrina:
Hermas considera a igreja uma instituição necessária para a salvação, doutrina dele é pouco visível, considerando que ele apela para os valores morais como ponto central, entretanto demonstraremos os seus pontos negativos, explicando o porque embora ele seja importante, jamais devera ser considerado um escrito canônico.
“Hermas não emprega nenhuma vez, ao longo de sua obra, os termos Jesus Cristo, ou Logos.
Nomeia-o com os termos Salvador, Filho de Deus ou Senhor. Na Parábola. IX,1, se lê que o anjo da
penitência diz a Hermas: “Quero mostrar-te outra vez tudo o que te mostrou o Espírito Santo, que falou contigo sob a figura da Igreja; porque aquele Espírito Santo é o Filho de Deus”. Aí se diz claramente que o Filho de Deus é o Espírito Santo e não Jesus Cristo. Por isso a cristologia de
Hermas suscitou muitas dificuldades.”
( Patrística, volume 1, pg 79-80, editora Paulus )
no capitulo 58, Hermas deixa claro que o filho é o espirito Santo, comprometendo mais ainda a sua visão, chegando a beira da heresia.
( http://monergismo.com/wp-content/uploads/Pastor_de_Hermas.pdf página 33 )
no capítulo 78, ele expressa novamente que o Espirito Santo é filho de
Deus.
( http://monergismo.com/wp-content/uploads/Pastor_de_Hermas.pdf página 44 )
Hermas afirma que “o filho de Deus nasceu antes de toda a criação” mesmo que adiante ele diga que o filho foi conselheiro de Deus, não muda o fato de que ele não é eterno, e tal nomenclatura não cabe nem ao Espirito Santo e a Jesus também.
( http://monergismo.com/wp-content/uploads/Pastor_de_Hermas.pdf página 51 )
Hermas carrega consigo muito da “penitencia” fazendo menção a ela em todos os seus escritos.
Conclusão:
não podemos considerar o pastor de Hermas canônico devido as heresias
contidas nele, entretanto podemos considerá-lo uma fonte para
entendermos o pensamento da igreja do segundo século, e as dificuldades
que ocorreram ao longo dela.
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Referencias bibliográficas:
Patrística, volume 1, editora Paulus
http://monergismo.com/wp-content/uploads/Pastor_de_Hermas.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pastor_de_Hermas